Saiba como a memória organizacional pode contribuir para a reputação de hospitais e outras organizações do setor
Clínicas, hospitais, laboratórios de diagnóstico e outras instituições de saúde desempenham um papel fundamental na prestação de cuidados médicos, na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Essas organizações têm uma conexão profunda com a história da medicina e com a história da sociedade em geral, uma vez que refletem e são moldadas pelas transformações do contexto econômico, político, cultural e tecnológico em que estão inseridas.
A memória organizacional em instituições de saúde tem tanto o papel de guardar e divulgar registros sobre a história da sociedade, como também de resgatar e reforçar a identidade e a reputação dessas organizações, fortalecer o vínculo com seus stakeholders e servir de ferramenta de gestão de conhecimento para suas mais diferentes áreas.
Nesse artigo, você vai saber o que é memória organizacional, vai conhecer os tipos de instituições de saúde e descobrir como estes dois assuntos se relacionam. Vai entender como a história pode contribuir para fortalecer a reputação de hospitais e outras organizações do setor e conhecer cases de projetos de memória institucional. Também vai saber mais sobre dois formatos possíveis que estes projetos podem ter, que são os livros comemorativos e centros de memória. Se este tema interessa a você, continue a leitura.
Memória Organizacional e instituições de saúde
A memória organizacional ou memória institucional é um conceito atribuído a capacidade de uma organização zelar pelo conhecimento e pela informação acumulados ao longo do tempo. Isso inclui práticas, processos, experiências e registros que representam o legado de uma instituição. Esse legado pode estar contido tanto em documentos históricos como nas pessoas que fizeram parte da instituição e é sobre estes dois recursos que os projetos de memória organizacional atuam.
Instituições de saúde são organizações, estabelecimentos ou entidades dedicados a fornecer serviços relacionados à saúde e ao bem-estar das pessoas. Elas desempenham um papel fundamental na prestação de cuidados médicos, na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Podem variar em tamanho, escopo e foco, mas todas têm como objetivo comum atender às necessidades de saúde das comunidades e dos indivíduos. Alguns exemplos desse tipo de organização são:
Hospitais: Estabelecimentos de saúde que oferecem uma ampla gama de serviços médicos e cirúrgicos, bem como cuidados de emergência.
Clínicas médicas: Instalações de assistência médica que se concentram em atendimento ambulatorial e especialidades médicas específicas, tais como oftalmologia, odontologia ou ginecologia.
Laboratórios de diagnóstico: Instalações especializadas que realizam testes e análises clínicas para ajudar a diagnosticar doenças e monitorar tratamentos.
Clínicas de reabilitação: Instituições que oferecem tratamento e reabilitação para pacientes com lesões físicas (como as de fisioterapia), distúrbios neurológicos, vícios e problemas de saúde mental.
Casas de repouso ou centros-dia: Locais que oferecem cuidados a idosos ou pessoas com necessidades de assistência a longo prazo.
Centro de medicina reprodutiva: Instituições especializadas em tratamentos de reprodução assistida.
Centros de saúde mental: Instituições que oferecem serviços de avaliação, aconselhamento e tratamento para questões de saúde mental.
As instituições de saúde têm uma conexão profunda com a história da sociedade em geral e da medicina especificamente, uma vez que refletem e são moldadas pelas transformações no campo da saúde, mas também da ciência, da política, da economia e da cultura. Ao longo do tempo, as modificações do contexto histórico impactaram as práticas médicas, como por exemplo com a incorporação dos avanços tecnológicos. Além disso, as instituições de saúde responderam às transformações das necessidades da população, como o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da sociedade, criando serviços específicos para idosos e cuidados de longo prazo. Mudanças sociais e culturais, regulamentação governamental e políticas de saúde também ajustaram a função e a evolução dessas organizações, que continuam a se adaptar para oferecer cuidados de relevância para as comunidades que atendem.
A pandemia da Covid-19 é um exemplo de acontecimento que afetou profundamente as instituições de saúde e o olhar da sociedade sobre a importância da medicina. A crise sanitária destacou a necessidade de um sistema de saúde eficaz e ágil, com uma ênfase especial na pesquisa médica, desenvolvimento de vacinas, cuidados intensivos e atendimento de emergência.
A transparência na gestão de instituições de saúde se tornou ainda mais relevante após a pandemia. A rápida disseminação de informações, a urgência na tomada de decisão embasada e a conscientização da sociedade sobre a importância da ciência enfatizaram o impacto da comunicação clara e aberta para enfrentar desafios atuais e futuros.
Nesse sentido, a memória organizacional desempenha um papel crucial nas instituições de saúde, já que ela resgata e reforça a identidade e a reputação dessas instituições, fortalece o vínculo com pacientes, colaboradores, pesquisadores e parceiros, serve como uma ferramenta de gestão de conhecimento para áreas como RH, marketing, comunicação, jurídico e auxilia na atuação em responsabilidade histórica e social da organização em questão.
Como a história contribui para a boa imagem de hospitais e outras instituições de saúde?
A história de uma instituição de saúde é um componente importante na construção de sua reputação, já que influencia a confiança do público, a percepção de qualidade e a capacidade de lidar com desafios atuais e futuros. As atividades de organização e extroversão de acervos históricos contemplados nos projetos de memória organizacional, dão respaldo para as instituições de saúde comunicarem seus feitos e realizações. Dentre as vantagens desse tipo de trabalho para hospitais, laboratórios e clínicas, estão:
Resgate e reforço da identidade, da cultura e valores
Quando uma instituição de saúde conhece sua história e suas origens, ela pode transmitir de maneira segura e legítima seus valores e sua cultura para os seus fornecedores, colaboradores, pacientes e parceiros. Além disso, a história ajuda a garantir o alinhamento de suas ações e atividades presentes e futuras com a sua missão original. Cada instituição tem uma história única que se bem preservada e divulgada pode gerar engajamento dos seus públicos e ser um diferencial em relação à concorrência. A memória organizacional não apenas conecta a instituição com sua tradição e sua trajetória, mas também é uma ferramenta para a adaptação e posicionamento da marca em relação aos desafios do cotidiano sem que perca a identidade.
Fortalecimento da reputação
A credibilidade, a confiança e a longevidade são elementos que combinados solidificam e fortalecem a reputação de uma instituição de saúde. Um acervo histórico organizado e os projetos de extroversão dele legitimam a autenticidade e o compromisso das instituições com o bem-estar da comunidade ao longo de sua trajetória.
A clínica de olhos Moacir Cunha, especializada em oftalmologia e situada na cidade de São Paulo, utiliza sua história para fortalecer sua reputação perante seus pacientes. No próprio espaço da clínica, quem está na sala de espera se depara com uma linha do tempo exposta nas paredes, que conta das origens e das evoluções pelas quais a clínica passou desde 1940, quando foi inaugurada. Algumas vitrines com peças do acervo histórico estão dispostas em alguns espaços estratégicos de circulação. Nelas, aparelhos oftalmológicos usados no passado, receitas de óculos e cartões de visitas dos médicos que atuaram nos atendimentos dessa instituição estão dispostos para apreciação do público. Também foi editado um livro que narra a trajetória e traz fotografias de pacientes famosos e das antigas casas que abrigaram a clínica. No site, também é possível conhecer o legado deste centro médico desde sua fundação por uma família de médicos oftalmologistas até a compra em 2021 pelo Grupo Fleury.
Criação de conteúdo
O tratamento documental do acervo histórico de hospitais, laboratórios e clínicas serve de base para a produção de conteúdo para campanhas de comunicação e marketing, para ações de engajamento dos colaboradores pelo RH e de subsídio para o jurídico em diferentes tipos de processos legais.
As informações, os dados e as imagens contidos em revistas e periódicos médicos, fotografias das clínicas em diferentes épocas, artefatos hospitalares e documentos administrativos podem servir de fonte para a preparação dos materiais e também gerar insights para a criação de campanhas, ações e projetos inovadores.
Livros comemorativos e centros de memória para instituições de saúde
A edição de um livro comemorativo histórico pode ser uma forma eficaz de registrar a trajetória de uma instituição de saúde, dividir seu legado e fortalecer sua cultura organizacional, além de promover sua imagem e engajar seus colaboradores.
Essas publicações especiais são produzidas para celebrar datas importantes, tais como aniversários, e podem ser um presente valioso para os stakeholders, já que servem como registro tangível de momentos de comemoração. O conteúdo pode incluir fotografias, reprodução de documentos, entrevistas e relatos de experiências de pacientes, médicos e colaboradores, sendo um bom produto de extroversão de acervos históricos para clínicas, hospitais e laboratórios.
Em 2019, por ocasião do seu aniversário de 160 anos, a Beneficência Portuguesa de São Paulo publicou um livro com a sua história. A versão digital pode ser acessada no site do hospital.
Já os centros de memória são os produtos mais bem elaborados da memória organizacional porque sua implantação permite que a história seja recuperada e utilizada como recurso estratégico de forma constante e cotidiana nas instituições de saúde. Um exemplo é o Centro Histórico da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, criado em 2002 com o objetivo de resgatar e preservar a memória da Sociedade e do Hospital Israelita Albert Einstein. Na reserva técnica deste centro de memória estão guardados mais de 13 mil documentos históricos textuais e também fotografias, filmes e objetos que são ativados rotineiramente para atender pesquisas externas e internas das mais diversas áreas da organização. Os documentos históricos também são utilizados nas exposições e nas publicações sobre as atividades da Sociedade e do Hospital Israelita Albert Einstein.
Tanto os livros comemorativos como os centros de memória são projetos complexos que envolvem diferentes áreas de conhecimento e também uma grande mobilização interna da instituição. Existem empresas especializadas em projetos de memória institucional e que podem prestar consultoria e executar esse tipo de trabalho. A Raiz Projetos e Pesquisas possui experiência em projetos de memória organizacional e empresarial. Se você quer desenvolver um projeto como este, entre em contato.
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