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Comunicação Institucional e Memória Empresarial

Como usar a história das organizações para fortalecer a identidade e consolidar a reputação


reputação
Ilustração feita com Chat GPT

A comunicação institucional é uma ferramenta essencial para qualquer organização que deseja consolidar sua imagem e fortalecer sua reputação junto a públicos internos e externos. Você sabia que, nesse contexto, a memória empresarial possui um papel fundamental? Sim, pois é capaz de transformar a história, os registros e os aprendizados acumulados durante a trajetória da empresa em recursos que agregam autenticidade, engajamento e coerência na comunicação corporativa.


Ao preservar, organizar e extroverter acervos históricos, relatos de memória oral e símbolos institucionais, a empresa cria uma base sólida para transmitir seus valores, missão e propósito, fortalecendo sua identidade e consolidando uma imagem positiva e confiável no mercado.


Neste artigo, você vai saber como identificar motivações e oportunidades para a implantação de projetos de memória empresarial, além de conhecer exemplos práticos para transformar a história da empresa em um diferencial competitivo capaz de fortalecer a comunicação institucional e a reputação corporativa.


Se esse assunto interessa a você, continue a leitura.


O que é Comunicação Institucional e para que serve?


A comunicação institucional é uma ferramenta essencial para organizações que desejam consolidar sua imagem e fortalecer a confiança de públicos internos e externos. Ela consiste em um conjunto planejado de ações que busca construir e manter a personalidade corporativa de forma coerente com seus valores, missão e visão, promovendo relacionamentos genuínos e duradouros com colaboradores, clientes, parceiros e a sociedade.


Essa prática permite que a empresa se posicione de maneira reconhecível no mercado, aumente o engajamento interno e fortaleça a fidelização de clientes. Empresas brasileiras como Natura, Petrobras, Granado e Banco do Brasil exemplificam bem essa abordagem, comunicando de forma transparente seu posicionamento institucional e suas iniciativas de responsabilidade social e ambiental, conquistando confiança e consolidando sua reputação.


Sede da Natura em Cajamar (SP). Empresa que comunica de forma transparente o seu posicionamento institucional. Foto: Site Natura
Sede da Natura em Cajamar (SP). Empresa que comunica de forma transparente o seu posicionamento institucional. Foto: Site Natura

Sendo assim, a memória da organização se torna um ativo estratégico. Ao integrar a memória empresarial às ações de comunicação, a empresa reforça sua autenticidade, cria conexão emocional com os públicos e transforma o passado em alicerce para fortalecer sua presença e identidade no presente e no futuro de forma mais genuína, baseada em sua história.


Memória empresarial: o que é e qual a sua relação com a comunicação


A memória empresarial é a capacidade de uma organização de preservar sua história e o conhecimento adquirido ao longo do tempo, por meio do resgate, organização e extroversão de acervos que registram sua jornada, aprendizados, conquistas e desafios. Muito mais que documentos históricos acumulados, projetos de memória nas corporações funcionam como um ativo estratégico para a comunicação, oferecendo conteúdo autêntico e emocional que legitima as mensagens institucionais.


Quando estruturada de forma eficiente, torna-se fonte para ações que fortalecem a identidade corporativa e possibilita a criação de narrativas relevantes para storytelling em campanhas, publicações, documentários e exposições. Exemplos disso são os Espaços Memória Petrobras, projetos da Raiz Projetos e Pesquisas de História nas unidades Refinaria de Capuava - RECAP e Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão - RPBC, que reúnem fotografias, relatos orais, vídeos e objetos para compartilhar a trajetória das refinarias.

Espaço Memória Petrobras na Refinaria de Capuava - RECAP. Foto: acervo Raiz
Espaço Memória Petrobras na Refinaria de Capuava - RECAP. Foto: acervo Raiz

Espaço Memória Petrobras na Refinaria Presidente Bernardes - RPBC. Foto: acervo Raiz
Espaço Memória Petrobras na Refinaria Presidente Bernardes - RPBC. Foto: acervo Raiz


Ao fornecer uma narrativa consistente, respaldada por documentos históricos, a memória empresarial, também chamada de memória institucional ou memória organizacional, fortalece a credibilidade da marca e serve como referência em momentos de crise, quando coerência e compromisso com valores são essenciais.


Internamente, promove engajamento e senso de pertencimento: colaboradores se sentem parte de uma história maior e novos talentos se integram mais rapidamente à cultura organizacional. Projetos como o Memória Votorantim, que fazem parte do onboarding de novos colaboradores, evidenciam esse impacto.


Recentemente, o time da Votorantim Cimentos participou de uma Visita de Onboarding, marcada por trocas e aprendizados sobre a trajetória da empresa e das pessoas que, com dedicação e propósito, ajudaram a moldar o que a organização é hoje. No processo de integração, os colaboradores vivenciam uma imersão no centro de memória, onde conhecem as origens da empresa e fortalecem seu vínculo com a cultura corporativa.


Em um post no Instagram, João Carlos Sanches, Coordenador Comercial, diz: “Conhecer a história da empresa e das pessoas que as construíram nos enche de orgulho e reforça ainda mais nosso senso de pertencimento”.


Externamente, a memória aproxima a empresa da sociedade ao evidenciar transparência e responsabilidade social, seja por meio de exposições, museus corporativos, publicações ou ações culturais abertas ao público. Ela fornece materiais para comunicação visual e digital, como fotos, vídeos e conteúdos multimídia, ampliando o alcance das ações, enriquecendo campanhas e experiências imersivas, e construindo uma marca forte e de longo prazo.


Uma referência interessante é a Ceratti, que contou com a Raiz para uma pesquisa sócio-histórica sobre o sanduíche de mortadela e sua conexão com a cidade de São Paulo. A iniciativa resultou em uma campanha de aniversário da capital que propunha o registro do sanduíche como patrimônio imaterial, integrando história local, identidade da marca e comunicação institucional.


Campanha da Ceratti para registrar o sanduíche de mortadela como patrimônio cultural imaterial de São Paulo.
Campanha da Ceratti para registrar o sanduíche de mortadela como patrimônio cultural imaterial de São Paulo.

Memória Empresarial nas diferentes áreas da comunicação


A comunicação corporativa se desdobra em diferentes vertentes e as principais categorias são interna e externa Em ambas, a memória empresarial pode ser aplicada de maneiras específicas para potencializar os resultados das ações.


Na comunicação interna, a memória empresarial atua como um instrumento de engajamento e cultura organizacional. Por meio do resgate de histórias, relatos de memória oral e tradições da empresa, é possível criar conexões emocionais entre colaboradores e parceiros, reforçar valores e propósito e integrar novos talentos de maneira mais significativa.


A Nestlé possuía uma prática de, a cada dois meses, publicar na revista interna da empresa o perfil de um colaborador que tinha um vínculo especial com a história de uma de suas marcas. Na ocasião, o funcionário relatava sua vivência, desde quando era apenas consumidor, até ingressar na empresa. Fotografias, recortes de jornais e revistas do Nestlé Centro de Memória, além de itens de seu acervo pessoal, eram divulgados na matéria, enriquecendo a narrativa e aproximando o público da trajetória da companhia de um ponto de vista subjetivo.


Na comunicação externa, a memória empresarial desempenha um papel importante na construção da imagem, do branding e do relacionamento da organização com a sociedade. Ao organizar acervos, contar a história da empresa e evidenciar seu compromisso com valores, responsabilidade social e trajetória institucional, a empresa transmite transparência e credibilidade, fortalecendo sua reputação no mercado.


Um caso emblemático é a exposição Fiat – Percorsi Italiani: 120 Anos de História, realizada na Casa Fiat em Belo Horizonte (MG), com pesquisa histórica e iconográfica da Raiz Projetos e curadoria de Cinthia Reis. A mostra demonstrou como a memória empresarial pode integrar-se à comunicação institucional ao recorrer a acervos públicos e privados para criar uma narrativa consistente e envolvente, conectando a presença da empresa em Minas Gerais à história da imigração italiana no Brasil e fortalecendo o vínculo com seus diversos públicos.


Uma das salas da exposição Fiat – Percorsi Italiani: 120 Anos de História, realizada na Casa Fiat em Belo Horizonte (MG). Foto: acervo Raiz
Uma das salas da exposição Fiat – Percorsi Italiani: 120 Anos de História, realizada na Casa Fiat em Belo Horizonte (MG). Foto: acervo Raiz


A memória empresarial também pode se materializar em acervos online e narrativas de storytelling, permitindo que conteúdos históricos, imagens, vídeos e registros institucionais alcancem diferentes públicos de forma interativa e imersiva. Esses materiais podem ser explorados em websites, redes sociais, campanhas digitais e experiências virtuais, ampliando o alcance da comunicação e tornando a história da empresa acessível e envolvente, seja para público interno ou externo.


Exemplos no Brasil incluem o Museu do Universo da Farmácia da Raia Drogasil, um museu virtual que reúne conteúdos históricos da marca e da farmácia em geral, e o Centro de Memória Ingo Hering, que disponibiliza um banco de dados online para consulta do acervo de memória da Família Hering e da empresa Hering.


Banco de dados do Centro de Memória Ingo Hering e do Museu Hering.
Banco de dados do Centro de Memória Ingo Hering e do Museu Hering.


Assim, a memória empresarial não apenas preserva o passado, mas atua como recurso estratégico em todas as frentes da comunicação, conectando história, cultura e tecnologia para fortalecer identidade, engajamento e reputação.


Como implementar um projeto completo de memória empresarial?


Implementar um projeto completo de memória empresarial requer planejamento e método para que a história, os registros e os aprendizados da organização possam ser preservados e utilizados de forma eficaz. Cada etapa do processo, desde o diagnóstico inicial até a atualização contínua do acervo, é fundamental para garantir que a memória corporativa transforme-se em um ativo dinâmico, que fortalece a comunicação da empresa.


Confira abaixo o escopo de um projeto de memória empresarial dividido por etapas:


  1. Diagnóstico e planejamento

    Identificação do acervo existente, levantamento de lacunas e definição de objetivos do projeto. Nesta etapa, são estabelecidas metodologias, critérios de seleção de materiais e estratégias de integração com a comunicação institucional.


  2. Organização e digitalização de acervos

    Reunião, higienização, classificação, catalogação e acondicionamento adequado de jornais, revistas, manuscritos e datilografados, fotografias, vídeos, relatos de história oral e objetos históricos. A digitalização garante acesso fácil, preservação do material e possibilidade de utilização em diferentes frentes de comunicação.


  3. Implantação de sistema de gerenciamento

    Implementação de plataformas ou bancos de dados que centralizam o acervo, permitem consultas internas e externas, e suportam integração com websites, redes sociais e outros canais de comunicação.


  4. Treinamento das equipes envolvidas

    Capacitação dos colaboradores do marketing, do RH, da comunicação corporativa, de relações públicas e do jurídico para gerenciar a memória empresarial de forma eficiente, incluindo operação do sistema, aplicação de normas de catalogação, condução de entrevistas e coleta de depoimentos, além da integração do acervo às estratégias de comunicação empresarial.


  5. Manutenção e atualização contínua

    Implementação de rotinas periódicas de revisão, preservação e incorporação de novos documentos históricos ao acervo e acompanhamento periódico de agências especializadas em projetos de memória. Essa etapa assegura que a memória empresarial permaneça atualizada, acessível e pronta para apoiar ações de comunicação, decisões estratégicas e fortalecimento da identidade organizacional.


Seguindo esses processos, a memória empresarial deixa de ser apenas um registro histórico e passa a apoiar a comunicação, o engajamento interno e a construção de uma imagem consistente da organização.


Motivações e impactos em projetos de memória empresarial


Agora que está claro que a memória empresarial vai além da simples preservação de acervos, atuando como ferramenta estratégica, aprenda a identificar fatores que podem motivar a implantação de projetos desse tipo e seu impacto, na prática, para a organização.


  • Preservação do legado e identidade organizacional

    Motivação: Garantir que a história, valores, cultura e trajetória da empresa sejam reconhecidos e transmitidos para colaboradores e clientes atuais e futuros.

    Impacto: Fortalecimento da identidade corporativa, ampliação de senso de pertencimento e coesão interna, além de consolidação da narrativa institucional para públicos externos.


  • Gestão do conhecimento

    Motivação: Evitar perda de informações, aprendizados e práticas institucionais acumuladas ao longo do tempo.

    Impacto: Otimização dos processos em treinamentos e da integração de novos colaboradores, suporte à tomada de decisões com base em experiências anteriores e preservação de processos críticos.


  • Apoio à Comunicação Institucional

    Motivação: Fornecer material autêntico e contextualizado para campanhas, storytelling e ações de branding.

    Impacto: Criação de conteúdos ricos e envolventes para comunicação interna e externa, aumentando o engajamento e reforçando a reputação.


  • Valorização da marca e reputação

    Motivação: Demonstrar consistência, transparência e compromisso com valores institucionais ao longo do tempo.

    Impacto: Consolidação da credibilidade da marca, fortalecimento da confiança do público e diferenciação da organização no mercado.


  • Gestão de mudanças e superação de crises

    Motivação: Ter registros históricos que permitam contextualizar decisões e demonstrar resiliência.

    Impacto: Apoio à comunicação em momentos de crise, demonstração de coerência histórica e reforço da confiança de colaboradores, clientes e outros stakeholders.


  • Inovação e evolução contínua

    Motivação: Registrar iniciativas, aprendizados e processos inovadores que contribuam para a competitividade.

    Impacto: Inspiração para novas ideias, aprimoramento de processos internos e destaque à empresa como referência de inovação e adaptabilidade.


  • Comemorações e datas relevantes

    Motivação: Utilizar marcos históricos e aniversários como oportunidade de engajamento e marketing.

    Impacto: Desenvolvimento de campanhas comemorativas, exposições ou conteúdos institucionais que envolvam colaboradores e públicos externos, reforçando a memória afetiva.


  • Responsabilidade social corporativa e relacionamento com a comunidade

    Motivação: Documentar ações sociais, impactos e iniciativas de sustentabilidade da empresa.

    Impacto: Fortalecer o relacionamento com a comunidade, evidenciar compromisso social e reforçar a imagem de empresa ética e responsável


Além desses pontos, a criação de projetos de memória reforça o compromisso da empresa com a responsabilidade histórica. Esse conceito se refere ao cuidado da organização não apenas com a sua própria trajetória, mas também com a história dos contextos em que atua: o território, os públicos atendidos, o setor em que opera e os registros que produz.

Preservar, organizar e disponibilizar essas informações é uma forma de assumir responsabilidade histórica. Comunicar isso ao público gera um senso de confiança, transparência e valorização do legado compartilhado.


Memória Empresarial como aliada da Comunicação Institucional


A memória empresarial é uma poderosa aliada da comunicação institucional, oferecendo benefícios estratégicos que vão muito além da preservação de registros históricos. Ela fortalece a identidade da empresa, consolida sua reputação, engaja colaboradores e fornece conteúdo autêntico e relevante para campanhas e narrativas institucionais.

Investir em projetos de memória empresarial significa transformar o passado em um instrumento que apoia decisões, aproxima a organização de seus públicos e garante coerência e consistência em todas as frentes de comunicação.


Para implementar um projeto de memória empresarial de forma eficaz, contar com uma consultoria especializada é fundamental. Profissionais experientes sabem como estruturar, organizar e difundir acervos, além de integrar a memória corporativa às estratégias de comunicação interna e externa.


Para escolher o parceiro ideal, é importante avaliar critérios como experiência em projetos semelhantes, capacidade de pesquisa histórica e iconográfica, domínio de ferramentas digitais de gestão de acervos e a habilidade de traduzir registros históricos em conteúdos estratégicos para a comunicação institucional. Fale com nossos especialistas e faça como grandes empresas que adotam a memória empresarial para tornar sua comunicação institucional mais estratégica.

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